quarta-feira, 24 de junho de 2009

Raul Meireles (fotos)

Visto que na entrevista, Raul Meireles falou das suas tatuagens e da mulher aqui ficam algumas fotos.

Tao fofinhos... os tres no Estádio do Dragão
Jantar do Tetracampeonato... os pombinhos mais fofos do mundo

Raul com o fruto do seu casamento com Ivone, a pequena Lara!


A primeira tatuagem do casal foi este desenho tribal.



No dia do seu casamento (05-07-08), com a sua companheira de longa data, Ivone.




Durante a lua de mel no algarve ..... Sempre muito agarradinhos....





As tres estrelas qe ao contrario do qe pensavam nao simbolizam o tricampeonato do F.C.Porto

Entrevista a Raul Meireles

Aprecia a diferença e cultiva uma imagem rebelde, apesar da timidez que diz ser-lhe característica. Raul Meireles recebeu O JOGO no Algarve, onde está a passar férias com a família, e não escondeu o desejo de experimentar outros campeonatos. Mas não faz disso obsessão, porque, garantiu, está feliz no clube e até admite estar pronto a assumir maior protagonismo, dado o adeus de Pedro Emanuel. Que lamentou, como lamenta as críticas que fazem ao FC Porto após um mau resultado. Raul explica o que é ser médio de transições, congratula-se com a continuidade de Jesualdo Ferreira e acredita que é possível melhorar o desempenha da época passada.

O Raul vale os 30 milhões da cláusula de rescisão?

Não faço a mínima ideia. Se o Bruno tem cláusula de 30, o Lisandro outros 30, e o Lucho também deve andar por aí, eu não vou ter de dez. É uma questão de equilíbrio. Se o Ronaldo valeu 94 milhões, qualquer jogador do FC Porto pode valer, no mínimo, 20.

É um valor que pode afastar os interessados?

Acho que não. Essa é a cláusula, mas, se houver um clube que dê menos, o FC Porto, conforme as suas necessidades, poderá negociar.

Falou-se no Marselha e no Sevilha como estando interessados em si. Gostava de sair?

Qualquer jogador tem o pensamento de experimentar coisas novas, outros campeonatos, e eu não fujo à regra. Estou muito feliz no FC Porto, na minha cidade e no meu clube, mas, se surgisse uma oportunidade de sair, não a desperdiçava. Jogar no campeonato espanhol, italiano ou no inglês é diferente do que em Portugal. Qualquer jogador tem esse sonho.

Existe essa possibilidade até 31 de Agosto?

Não sei. Estou satisfeito no FC Porto. Se for bom para mim e para o clube, temos de conversar.

Da parte do FC Porto, a ideia é que o Raul continue, por isso foi-lhe renovado o contrato. Pronto para se assumir como uma das figuras do balneário?

Estou pronto para me assumir como um dos mais antigos e experientes. Figura, não. Sou mais um para ajudar.

O Real Madrid pagou 94 milhões de euros pelo Ronaldo. O mercado está doido?

É complicado… Se pagou, é porque achou justo. É o melhor do Mundo e merece ser recompensado financeiramente por isso. Quem sou eu para julgar?

Quanto valeu o golo no Dragão nesse negócio?

Sei que valeu bastante tristeza do nosso lado e alguns milhões de prémio para o Manchester.

Se fosse cidadão espanhol, sentia-se incomodado com esta transferência, sabendo que quase 20 por cento da população está desempregada?

Se calhar. Não tinha pensado bem nisso. Mas é normal que os espanhóis se sintam incomodados, porque estamos a atravessar tempos difíceis. É complicado, até porque ninguém esperava que aparecem este tipo de negócios como o do Kaká e o do Ronaldo.


Se o Raul, Lucho e o Fernando não saírem, será uma vantagem para o FC Porto?

Sem dúvida. Em qualquer equipa, o meio-campo é fundamental, e dou como exemplo o meio-campo do Barcelona. Enchia-me os olhos vê-los jogar. Conseguirmos manter os jogadores será importante, mas é como tudo: se alguém tiver de sair, e este ano o Lucho esteve lesionado, vamos conseguir manter o nível.

O FC Porto já contratou jogadores para todos os sectores, menos para o meio-campo. É uma prova de confiança?

Sim. Além dos que jogaram com mais regularidade, temos o Guarín e o Tomás Costa, jogadores de qualidade que estão prontos a jogar.

Surpreende-o Bolatti ser figura do campeonato argentino?

Não, porque tem muita qualidade, mas não se adaptou à forma como o mister queria que ele jogasse. O Bolatti não é um Fernando.

Ainda se fala português no balneário?

Sim, mas com pronúncia.

Viu chegar argentinos e uruguaios. O que é que eles acrescentam à equipa, além do que se vê em campo?

O Lucho e o Lisandro, jogadores de topo, foram os primeiros e, sendo um povo mais quente, têm outras características. Por exemplo, o beijinho que damos como cumprimento foi trazido por eles. Foram chegando outros sul-americanos e foram acrescentando as músicas dos respectivos países, um pouco da sua cultura, o mate... O balneário ganhou com isso, porque eles fazem um excelente ambiente.

A sua figura extrovertida transforma-se com os microfones à frente. Porquê?

Sou muito tímido e, para ser o que sou, preciso de ganhar confiança. À frente dos microfones, sou mais introvertido. Sou uma pessoa bastante alegre e feliz.

Que se preocupa com o estilo?

Gosto, mas não ao ponto de me preocupar, porque sei que o meu estilo provoca bastantes críticas. Preocupo-me é em olhar para o espelho e estar satisfeito comigo.

Aprecia a diferença?

Bastante. Sou adepto de cada um criar o seu próprio estilo.

Quando fez a primeira tatuagem?

Aos 18 anos, com a minha mulher. Fizemos um desenho tribal igual. A partir daí foi sempre a andar, mas todas têm algum significado. Sempre gostei de coisas diferentes e, quando fiz a primeira, gostei de olhar para o espelho e ver o desenho na minha pele. Fui fazendo mais e conhecendo esse mundo que me fascina. Há quem seja uma verdadeira tela humana. Não fui influenciado por ninguém, este gosto apareceu de forma natural. Quando comecei a fazer tatuagens, era impensável ver alguém com o braço todo tatuado, agora já não.

Para quando a próxima?

Primeiro tenho de acabar uma num dos braços, mas já tenho várias ideias daquilo que quero fazer. Falta saber por onde vou começar. Não quero ficar com o corpo todo tatuado, mas grande parte.

O Real Madrid gosta pouco que os seus jogadores tenham tatuagens. O FC Porto coloca algum problema?

Não. Quando faço uma, mostro ao doutor. Fazer em certas partes do corpo talvez possa limitar movimentos em termos de treinos e por isso procuro fazê-las no início das semanas para estar em condições, quando houver jogos.

A Ivone, a sua mulher, é uma grande influência para si?

Completamente. Aquilo que sou, devo muito a ela. Conhecemo-nos muito cedo, e a minha fase profissional foi toda feita com ela ao meu lado. Está sempre disponível para o que for preciso.

Nas férias há tempo para futebol?

De todo. Já não sou de ver futebol durante o ano. Faço o meu trabalho, mas não chego a casa e ligo a televisão para ver futebol. Tenho a minha família, que precisa de atenção e eu preciso da dela. Tenho sempre uma semana sozinho com a minha mulher, e o resto junto aos meus pais e aos meus sogros.

Com a chegada de Carlos Queiroz, Raul Meireles ganhou protagonismo na Selecção Nacional. O médio pede paciência aos portugueses. "Esta é uma fase de renovação, e muita gente não quer entender isso. Houve grandes jogadores que deixaram de jogar ou abandonaram a Selecção. É um bocado como o 2004/05 do FC Porto. Acho que estão a exagerar um bocado nas críticas, porque houve jogos em que praticámos bom futebol e apenas não fizemos golos", referiu, mostrando-se confiante na presença no Mundial. "Temos dois jogos com a Hungria que temos de ganhar, porque serão seis pontos para nós e nenhum para eles. Depois temos a Dinamarca e Malta. Tudo é possível. O importante agora é descansar bem, aproveitar as férias, para depois pensarmos nisso."

Nuno disse que Jesualdo é o melhor técnico a formar jogadores. Consegue justificar?

Ele tem razão no que disse. Quando chegou ao FC Porto, após a saída de Adriaanse, a época estava a começar, e a forma como ele abordou a mudança foi fantástica. Vínhamos de uma táctica que era o 3-4-3 ou 3-3-4, e ele disse logo que aquela não era a sua táctica, mas que não a podia mudar de um dia para o outro. Por isso treinávamos a táctica dele à semana e fazíamos os primeiros jogos com a táctica antiga, passando por um processo de adaptação. Depois havia jogadores que já estavam tão habituados a jogar daquela forma, como o Pepe e o Paulo Assunção, que teve de lhes explicar tudo ao pormenor. Esse trabalho é dos mais fortes dele. O exemplo mais visível que tenho é o do Fernando. No início, ele jogava, mas sentia-se preso. O professor insistiu com ele, fez-lhe ver o que queria, e o Fernando teve uma evolução fantástica. O mesmo se aplica ao Mariano, embora a um nível diferente.

A continuidade do treinador foi uma questão de justiça?

Claro. Desde que chegou conquistou muitas coisas e já batemos muitos recordes. A saída dele não podia acontecer, era impossível. Toda a gente o queria, e ele, acima de tudo, merecia continuar.

Uma das metas que o técnico traçou para a próxima época é tentar conquistar o campeonato sem derrotas. Os jogadores estão preparados para esse desafio?

Estão, e é possível isso acontecer. Este ano não andámos longe. Será muito difícil, e seguramente o professor tem noção disso, mas traduz a confiança que tem nos jogadores.
Por outro lado, se acontecer uma derrota, sabem que o mundo vos vai cair em cima?
Isso só aumenta a responsabilidade. Se não conseguirmos, paciência. O importante é sermos campeões no fim.

Vamos ter um campeonato só com treinadores portugueses. Isso aumenta a dificuldade para o FC Porto?

É um facto que os treinadores portugueses têm mais conhecimento da Liga, mas não sei se será uma vantagem para os rivais. Deve ser igual para todos.

Uma das críticas feitas a Quique Flores era a de que não conhecia o futebol português…

Exacto, mas o Co Adriaanse também não conhecia e foi campeão. Não é por aí. Não quero falar muito do Benfica, mas se calhar teve uma equipa que não lhe deu muitas hipóteses de ter sucesso, que foi o FC Porto.

O Milan estava disposto a pagar 15 milhões de euros pelo Cissokho. Foi uma valorização excessiva em apenas meio ano?

O Cissokho é um caso à parte. Esteve muito bem no Setúbal e chegou ao FC Porto porque necessitávamos de um lateral. Foi dos jogadores que tiveram uma adaptação fora do normal, sobretudo a nível do sistema táctico. Completou o lado esquerdo, e os jogos que fez na Champions foram de muito bom nível. Despontou rápido, mas não me surpreende um clube como o Milan dar 15 milhões.

Que lhe pareceu a questão dos dentes. Soou a desculpa de arrependido?

Toda a gente o viu jogar, e a forma física dele era agradável. Pode ter sido uma desculpa, não sei bem porquê. Talvez um problema nas negociações. De certeza que o departamento médico do FC Porto, que é muito rigoroso, não permitiria uma situação dessas. Houve qualquer coisa extradentes, digamos assim.

Férias merecidas depois de tantos festejos?

Foi um ano muito bom. Conseguimos a dobradinha, o tetra, e acho que podíamos ter ido um pouco mais longe na Liga dos Campeões. Estivemos muito bem.

E a nível pessoal, qual é o balanço?

Positivo pelo nível e regularidade que conseguir manter.

O melhor da carreira?

Pode dizer-se que sim. Até pelos títulos que consegui e por ter conseguido o meu espaço na Selecção.

O tetra vai merecer uma tatuagem?

Não. Disseram que tinha feito uma sobre o tri, só porque tenho três estrelas no pescoço, mas não foi por causa disso. Pode vir a acontecer, mas não está nos meus planos. Se calhar, uma do penta ficaria melhor.

Dos quatro títulos, qual deu mais gozo vencer e qual o mais difícil?

Este deu mais gozo, apesar de o primeiro ser sempre mais especial, porque as coisas no início não correram muito bem e toda a gente nos quer deitar abaixo, mas já estamos habituados a isso no FC Porto. Na Champions, também começámos mal e acabámos em primeiro do grupo.

Consegue explicar as razões do "deitar a equipa abaixo"?

Talvez por estarmos a ganhar muitas vezes. Somos os campeões dos últimos anos, e qualquer coisinha serve para criticar. Muitas vezes, a Imprensa não tem motivos para o fazer, porque estamos em primeiro e jogamos bem, mas, se tivermos um deslize, até mesmo um empate serve, criticam. Se virmos, os outros grandes da Europa também não ganham todos os jogos.

A equipa sentiu que podia ter feito história na Champions?

Sem dúvida. Quando saiu o Manchester, praticamente ninguém acreditava no que podíamos fazer, mas chegamos a Old Trafford e fizemos aquele grande jogo. Isso é de uma grande equipa. No segundo jogo, aconteceu-nos o que lhes aconteceu lá, que foi sofrer um golo cedo. Ainda assim, podíamos ter dado a volta. Foi uma desilusão, porque sentíamos que éramos capazes de seguir em frente.

Custa-lhe ver o Boavista na situação em que está?

Custa muito, porque, quando era pequeno, era fanático pelo Boavista e habituei-me a ver aquele clube a jogar para ganhar. Cumpri o meu primeiro sonho, que era chegar aos seniores, e adorei. Quando saí e vi que o clube começou a ir para baixo, percebi que as pessoas que estavam à frente do clube não gostavam dele, caso contrário isso não aconteceria. Não posso dizer aquilo que eram, mas não eram boavisteiros do coração nem gostavam do clube. Não é normal ver isto num clube que foi campeão há pouco tempo.

A solução passaria por imitar o Salgueiros e recomeçar do zero?

Pelo menos, as pessoas que têm dinheiro a haver, que não são poucas, ficavam com a certeza de que não o iriam ver, mas também não eram enganadas. Seria a melhor solução. Ou então que caísse um anjo e conseguisse colocar ordem naquilo.

Jesualdo Ferreira apontou-o como o melhor médio de transição do futebol português. O que é isso?

É tentar receber a bola na direcção da baliza do adversário e, em vez de progredir com ela no pé, jogar o mais simples possível e procurar que a bola chegue rápido aos avançados. É isso que o professor me transmite desde que chegou ao FC Porto. Sinto-me lisonjeado pelas palavras do meu treinador, e ao mesmo tempo aumentam-me a responsabilidade: tenho de conseguir fazer ainda melhor no futuro.

Esta época foi dos jogadores com mais assistências. Tem a ver com a saída de Quaresma ou mudou a forma de jogar?

Com o Quaresma, jogava de forma diferente, porque tínhamos dois extremos e um ponta-de-lança. Esta época jogámos com o Hulk e o Lisandro a maior parte das vezes e com o Rodríguez como o único extremo. Se calhar, participei mais nos processos ofensivos do que no passado.

Chegou ao FC Porto no Verão de 2004. Olhando para o que a equipa ganhou nos anos anteriores, sente que se atrasou um bocado?

Não. Cheguei quando tinha de ser. Fiquei muito orgulhoso, porque estava a ser contratado pelo campeão europeu e é preciso ter qualidade. Se chegasse mais cedo, seria excelente porque teria trabalhado com um grande treinador [Mourinho] e tinha ganho mais uns títulos.

Qual a importância de Co Adriaanse no seu percurso?

Enorme para vários jogadores e para o clube. Vínhamos de um ano mau, e o FC Porto esteve bem ao contratá-lo, porque era muito rigoroso e impunha regras, que era do que precisávamos. Incutiu estilo de jogo e de treino diferentes e muitos jogadores, inclusive eu, evoluíram com ele. Apesar de ter algumas coisas menos correctas.

Foi fácil o entendimento com Fernando, depois de alguns anos com Paulo Assunção?

Foi, porque eu e o Lucho jogamos há muito tempo juntos e já sabemos o que fazer. É verdade que, com o Paulo, jogávamos quase de olhos fechados. O Fernando era o jogador no plantel com características mais parecidas com ele, embora sejam bastante diferentes. Estava habituado a que as minhas costas estivessem protegidas, e o Fernando, mesmo tendo mais qualidade técnica que o Paulo, cumpriu e completámo-nos em campo. Com o tempo, ele foi aprendendo o posicionamento e esteve muito bem, numa posição muito difícil.

Como é que um jogador com o seu físico aguenta os 90 minutos?

Trabalho normalmente e não tenho qualquer cuidado especial. Todos os jogadores têm de aguentar. Apesar de ter este corpinho franzino, tenho de aguentar.

Por si, Pedro Emanuel continuava a jogar?

Continuava até aos 40 anos. Sei que o que vou dizer pode custar um bocadinho aos dirigentes do FC Porto, mas se calhar não foi a decisão mais acertada. O Pedro era como um pai para nós. Mesmo não jogando, tinha um respeito e admiração enorme dos companheiros. Uma coisa é ser capitão a jogar e outra não sendo opção do treinador. O papel do Pedro era bastante importante. Quando era preciso alguma coisa da Direcção, era o Pedro que tratava, e a sua saída vai ser muito sentida. Encontrar um jogador para fazer o que ele fazia é impossível. Claro que vamos continuar para a frente e com vitórias, mas vamos sentir muito a falta dele.

Se o Bruno Alves sair, quem poderá assumir esse papel?

O Lucho e o Nuno, que será o que melhores características tem para se assumir como líder do balneário. O Lucho é um bom líder, mas não tão falador.

O Pedro Emanuel terá sucesso como treinador?

Pela experiência de vida que teve, vai ter muito sucesso. Fez uma boa opção ao escolher começar pela formação, era isso que ele queria. Foi um choque para mim, porque não estava à espera que fosse tão cedo.

Fontes: O Jogo




segunda-feira, 22 de junho de 2009

Ricardo Quaresma (biografia)


Ricardo Andrade Quaresma Bernardo (Lisboa, 26 de Setembro de 1983) é um futebolista português, de etnia cigana, joga atualmente no Inter de Milão.
Ricardo Quaresma tem no seu currículo a conquista do Campeonato da Europa de sub-16 de 2000, e uma dobradinha na temporada de 2001-02, que conquistou jogando no Sporting. É um jogador com muito potencial técnico e com um remate forte, do qual se destaca a trivela.

Sporting CP

Ricardo Quaresma começou a jogar futebol 5 numa colectividade em São Bernardo do campo, SP], conhecida como "2ªComuna", hoje ainda podemos ver as fotos da equipe onde o pequeno ciganito jogava, trocando depois para o futebol de 11, nas escolas do Sporting Clube de Portugal. Estreou-se na equipa principal quando tinha apenas 17 anos, contra o FC Porto e pela mão de László Bölöni, na época de 2001/02, tendo Cristiano Ronaldo aparecido na época seguinte. Deu nas vistas devido às suas constantes fintas perante os adversários. No seu primeiro ano como sénior no Sporting fez a Dobradinha (conquista do Campeonato Nacional e Taça de Portugal) contribuindo com 3 golos em 28 jogos.
Na sua segunda época no Sporting confirmou todo o seu talento, sendo a primeira opção do treinador para as alas em detrimento de Cristiano Ronaldo, marcou 5 golos em 31 partidas. Em 2002/2003 o Sporting ficou classificado no 3.º lugar a 17 pontos do FC Porto de Mourinho e na Taça de Portugal ficou-se pelos Quartos-de-final, tendo perdido com a Naval. Os adeptos culparam László Bölöni por não ter apostado em Ricardo Quaresma e Cristiano Ronaldo ao mesmo tempo. Com o Sporting obrigado a facturar dinheiro, teve de vender Quaresma e Ronaldo.

FC Barcelona

O FC Barcelona pagou seis milhões de euros pela sua transferência no Verão de 2003, num negócio que envolveu a vinda do brasileiro Fábio Rochembach para o Sporting. No seu jogo de estreia, um amigável contra o AC Milan, marcou um golo tendo o Ronaldinho, também recem-chegado, marcado outro. Em 2003/2004 foi utilizado 10 vezes como titular e 11 como suplente marcando apenas um golo. Durante o Euro 2004 onde ele nao jogou por nao ter sido convocado, afirmou não jogar mais no FC Barcelona enquanto la estivesse Frank Rijkaard e alguns clubes europeus mostraram interesse no jogador. Mas o FC Porto levava vantagem porque o FC Barcelona estava muito interessado em Deco, ao inicio mostrou-se relutante em voltar a Portugal mas acabou mudando de ideias.

FC Porto

Ricardo Quaresma ingressou no FC Porto em 2004 por 6 milhões de euros num negócio que envolveu a ida de Deco para o FC Barcelona. No seu primeiro jogo oficial, na Supertaça Europeia marcou um grande golo ao Valencia e único do FC Porto nesse jogo, também na Supertaça Cândido de Oliveira contra o SL Benfica marcou o golo que deu a vitória e ainda contribuiu com a marcação de uma grande penalidade para a vitoria do FC Porto frente ao Once Caldas no Mundial de Clubes.
Em 2004/2005 fez 31 jogos e marcou 5 golos na Bwin Liga. Foi considerado o melhor jogador do campeonato, que, todavia, escapou ao F.C. Porto. Na época seguinte melhorou relativamente com a chegada do treinador holandês Co Adriaanse e foi novamente considerado melhor jogador. Foi um jogador-chave na táctica de Co Adriaanse com em 29 partidas e 5 golos contribuindo fortemente para a sua primeira Tripleta (conquista do Campeonato Nacional, Taça de Portugal e Supertaça Cândido de Oliveira). Mesmo assim não conseguiu fazer parte dos escolhidos de Scolari para o Mundial 2006.
Em 2006/2007 conseguiu fazer uma época ainda melhor que as anteriores. Em 25 jogos na Bwin Liga marcou 6 golos e fez 17 assistências, batendo o record de Drulovic, fixado em 16 cruzamentos certeiros. Na Liga dos Campeões não teve tanta sorte, no jogo com o Chelsea FC apontou uma das suas famosas trivelas à trave, e dois remates ao poste no jogo com o Arsenal. Ganhou a Bwin Liga com apenas um ponto de vantagem sobre o seu antigo clube, o Sporting. Este ano de 2007-2008, já conta com 10 grandes golos no campeonato nacional e na Champions e é aclamado como o melhor futebolista nacional.

Internazionale

Em 31 de agosto de 2008, assinou com a Inter de Milão até 2013. Ricardo Quaresma transferiu-se para a Inter de Milão por 18,6 milhões de euros, em troca o FC Porto assegura definitivamente o jovem português Pelé[1] Desde que chegou a Italia, ainda nao conseguiu mostrar o porque da sua contratacao mostrando enormes dificuldades em adaptar-se a Serie A e a um campeonato mais competitivo.

Chelsea

Em 2 de fevereiro de 2009, Ricardo Quaresma não havia sido inscrito para as oitavas de final da Liga dos Campeões 2008/09, pois, estava conversando com Tottenham Hotspur sobre uma possível transferência, mas antes de fechar negócio, surgiu uma proposta de empréstimo oferecida pelo Chelsea com melhores valores que foram aceitos pela Inter de Milão.

Bidão de Ouro

Também em Itália, em Dezembro de 2008. Ricardo Quaresma recebe o «Bidão de Ouro». Este é um prémio pouco recomendável e que distingue o futebolista que mais desiludiu no «Calccio». Apesar da equipa treinada por José Mourinho liderar o campeonato, Ricardo Quaresma foi considerado a grande desilusão e distinguido com o «Bidão de Ouro». O avançado foi o mais votado pelos ouvintes do programa radiofónico «Catersport» da «Radio 2». Ricardo Quaresma sucede ao brasileiro Adriano, também da Inter de Milão que recebeu este prémio nas últimas duas épocas.

Selecção Nacional

Tem sido chamado para a Seleção desde as camadas jovens. Em 2000 Ganhou o Campeonato da Europa Sub-16. No Mundial 2002, António Oliveira ainda pôs a hipotese de o convocar, causando grande polémica. A sua estreia na Selecção A foi em Junho de 2003 num amigável contra a Bolivia. Devido à sua lesão no pé direito em 2004, não pôde participar no Campeonato Europeu de Sub-21, no Euro 2004 e nas Olimpiadas de Atenas 2004. Foi convocado para apenas um jogo de apuramento para o Mundial 2006 contra a Eslováquia, nem tendo sido selecionado para o Mundial 2006 o que gerou grande polémica por por parte da imprensa portuguesa. Em vez disso, foi convocado para o Europeu de Sub-1 que se realizou em Portugal. Na época de 2006/2007 começou finalmente a ser chamado por Scolari onde agora forma uma dupla de sonho com Cristiano Ronaldo nas alas. A 6 de Fevereiro de 2007 num amigável contra o Brasil no Emirates Stadium foi o man of the match. E a 24 de Março contra a Bélgica marcou um grande golo que foi visto pelo mundo todo.

Trivela

Ricardo Quaresma ficou também conhecido por marcar golos e fazer assistências de trivela (forma de passe popularizada anos antes, em Portugal, por Drulovic, antigo jogador do FC Porto). Desde da sua chegada ao FC Porto que isso é mais evidente mas ex-colegas dele, nomeadamente Lourenço, afirmam que ele já fazia isso nas camadas jovens. Uma das suas trivelas mais famosas foi contra o Rio Ave mas a sua trivela mais famosa foi também a mais recente, num Portugal x Bélgica ( a bola muda a trajéctoria, ou seja , ia para fora mas foi para a baliza ).

Títulos

Internacional

Campeonato Europeu de Sub16 (1): 2000
Clubes
Campeão Nacional de Infantis: (1) 1994/1995
Campeão Nacional de Juvenis: (1) 1998/1999
Mundial de Clubes (1): 2004
Bwin Liga (4): 2001/2002, 2005/2006, 2006/2007, 2007/2008
Taça de Portugal (2): 2001/2002 e 2005/2006
Supertaça Cândido de Oliveira (3): 2001/2002, 2003/2004, 2005/06
Serie A: 2008/09
Copa da Inglaterra: 2008/09

Individual

Futebolista Português do Ano (2): 2005 e 2006
Personalidade Portuguesa do Ano (1): 2007 (JORNAL, OJOGO)

Curiosidades

Ricardo Quaresma não é exclusivamente de etnia cigana, a família da sua mãe é de origem angolana.
O seu primeiro brinco de brilhantes foi feito usando um pingente do lustre da sala da casa dos pais.
O golo de Ricardo Quaresma de trivela frente à Bélgica a 24 Março de 2007, está no top dos mais vistos do youtube.


Fontes: Wikipédia






Entrevista a Lucho Gonzalez


Tranquilidade. A palavra costuma ser usada por outro protagonista, mas aplica-se na perfeição a Lucho González. É com tranquilidade que antecipa a próxima época, que renova objectivos e que garante não ter pressa de sair do FC Porto. "Este clube tem sempre grandes objectivos, e a carreira de um jogador constrói-se com títulos", explica, tranquilo.


Qual dos quatro campeonatos foi mais difícil de vencer?


Este foi um campeonato difícil, mas o primeiro com Jesualdo Ferreira terá sido o mais complicado, porque só conseguimos ser campeões na última jornada. Este foi difícil, mas em momento algum houve dúvidas na equipa.

Mas a verdade é que o FC Porto andou algumas jornadas fora do primeiro lugar. Qual foi a explicação?


Foi uma situação com pouca lógica, que serviu para termos a consciência de que não estávamos a fazer as coisas bem. Serviu de alerta para que não perdêssemos mais pontos. Entretanto, voltámos à nossa posição e nunca mais saímos de lá.

Olhando para as contratações que o Benfica fez, com jogadores como Aimar, Reyes e Suazo, esperava que desse mais luta?

Penso que sim, basicamente por ter contratado grandes nomes. Mas isso traduz o que é o futebol actualmente: contratar esse tipo de jogadores não garante nada. De qualquer forma, nunca ficámos preocupados com as aquisições que o Benfica fez. Pensámos sempre em nós.

É uma vantagem para o FC Porto o facto de quase todos os anos os rivais estarem preocupados com o nome do treinador, dos reforços ou do presidente?


Pode ser. Mas todos os anos, quando começa a temporada, não estamos preocupados com os reforços do Benfica ou com a composição da equipa técnica do Sporting. Procuramos, sim, melhorar o que esteve mal na nossa equipa, e essa é que é a verdadeira vantagem do FC Porto.

Nesse sentido, o FC Porto é o favorito para o penta?

Creio que sim. Somos os campeões e, seguramente, esse é um dos objectivos para a próxima temporada.

O que é ser tetracampeão?

É um orgulho. Na verdade, actualmente ainda não temos real consciência do que isso significa. Mas, quando a carreira terminar e olharmos para a história do FC Porto e virmos lá os nossos nomes, aí sim, vamos perceber o alcance do nosso feito. É sempre importante fazer parte da história de um clube, e este tem muita.

Nas comemorações anteriores, os jogadores ficaram-se pelo estádio. Desta vez saíram à rua. Como foi ver tanta gente espalhada pela cidade?

Foi mais bonito. Vivemos mais de perto a euforia dos adeptos. Particularmente, marcou-me bastante e gostei imenso de ver toda a gente a festejar as nossas conquistas. Não quer dizer que nas outras três vezes não tenha sido também emocionante, mas também é bom ir variando um pouco.

Olhando para a época que acabou, e depois de ter dito há cerca de um ano que queria sair, está arrependido de ter ficado?

Claro que não, porque o FC Porto é um clube que tem sempre grandes objectivos, e a carreira de um jogador deve ser construída com títulos. Este clube aspira todos os anos a grandes conquistas, por isso não estou nada arrependido.


O tabu sobre a continuidade de Jesualdo Ferreira chegou ao fim, e Lucho congratulou-se com o convite efectuado por Pinto da Costa ao treinador. "Logicamente, recebi essa notícia com agrado, porque ele tem feito um grande trabalho e tem alcançando os objectivos propostos pelo clube. Além disso, trata-se de uma excelente pessoa. É sempre difícil dirigir um clube como o FC Porto, mas ele provou que tem competência", frisou o argentino. Mas ainda há mais explicações. "É bom que continue, porque os jogadores já conhecem os seus métodos e ele conhece-nos muito bem. Assim é mais fácil trabalhar no dia-a-dia", acrescentou. Lucho trabalha há três temporadas com Jesualdo Ferreira e não se poupou na hora de o elogiar. "É uma pessoa de convicções, que sabe perfeitamente o que quer e que simplifica a vida aos jogadores. Dá-lhes confiança, e isso reflecte-se em campo", atirou.


A maior frustração esta época foi a lesão na partida com o Manchester?


Sim, sobretudo pelo significado e importância que a partida tinha. Havia muita expectativa e, num lance de azar, tudo se desmoronou. O futebol tanto proporciona a alegria de conquistar títulos como tem este lado mais negativo.


Teria sido diferente se não saísse?


Claro que não. Sempre defendi que um jogador não ganha jogos sozinho e, para além disso, o Mariano entrou bem. Perdemos, porque o futebol é assim e não porque o Lucho se lesionou.


O que faltou? Houve pressão a mais, falta de maturidade para gerir o bom resultado alcançado em Manchester?


Convém não esquecer que defrontámos uma grande equipa. Talvez nos tenha faltado a pitada de sorte que eles tiveram, porque chegaram uma vez lá - e nem sequer foi uma situação de golo, mas antes a virtude de um jogador que rematou de muito longe - e marcaram. Após o golo, mudaram a forma de jogar, fecharam-se, e faltou-nos a sorte que tivemos em Manchester.


Para o ano, qual é o objectivo?


Neste clube, os objectivos passam sempre por superar o que já foi alcançado. Por isso queremos chegar às meias-finais. Agora vamos descansar e, quando voltarmos aos treinos, começaremos a traçar com rigor as nossas metas.


E na Taça de Portugal, sentiu vontade de aquecer para dar uma ajuda?


Sim. É muito duro viver as coisas de fora, mas confiava plenamente nos meus companheiros, e creio que a vitória foi merecida. De fora, sofre-se o dobro, sente-se uma enorme impotência por não poder fazer alguma coisa. Mas o futebol tem destas coisas, e é preciso superá-las.


Há muitas dúvidas no plantel para a próxima temporada. O Lucho é um dos jogadores que vão ficar?



Sim. Sempre disse que me sinto muito cómodo e satisfeito no FC Porto, clube com o qual tenho contrato. Se não houver nada que seja benéfico para o clube e para mim, não é minha intenção neste momento sair.


Mas, há um ano, o discurso era diferente: dizia que o ciclo no FC Porto tinha terminado…


De facto é algo que pode parecer contraditório. Tenho crescido, e os objectivos a nível pessoal e futebolístico também se vão alterando. Sinto-me muito confortável na cidade do Porto, as pessoas tratam-me realmente bem, e isso também faz com que não tenha tanto desejo de me ir embora. Obviamente gostaria de jogar noutra liga, sempre o manifestei, mas actualmente o meu pensamento passa por outras coisas.


Com 28 anos, se não sair agora as portas podem começar a fechar-se?


Estou consciente disso, mas pode nem ser bem assim. No futebol, nunca se sabe, o futuro de um jogador é incerto. Quando cheguei ao FC Porto, nunca imaginei ficar quatro temporadas, e a verdade é que ainda aqui estou e muito contente por tudo o que consegui alcançar. A idade pode ser um entrave, mas não é uma questão que me desespere.


Imagina-se a acabar a carreira no FC Porto?


Pode ser uma hipótese, mas gostaria de voltar a jogar na Argentina, nem que fosse na etapa final. Nunca se sabe, porque o futuro muda muito.


Não marcou metade dos golos da época anterior, em que foi o artilheiro do campeonato, mas, mesmo assim, Lucho elegeu Lisandro o melhor jogador da prova, sucedendo a Paulo Assunção, escolhido pelo médio há um ano. "Desta vez é mais difícil escolher alguém, porque vários jogadores atingiram um grande nível de rendimento. Talvez eleja o Lisandro. Apesar de não ter feito tantos golos como na época anterior, foi o melhor", referiu, considerando que Fernando "foi um substituto à altura" do trinco que se mudou para o Atlético de Madrid. Contudo, Lucho lembrou que não foi só o brasileiro a sair. "O Zé [Bosingwa] e o Ricardo [Quaresma] foram vendidos, mas tivemos muita sorte e os reforços entraram muito bem na equipa", frisou. E destacou alguns. "O Fernando, o Cebola e o Rolando fizeram uma grande temporada, e isso reflectiu-se no funcionamento da equipa, não se notando as ausências dos jogadores que saíram." E se Lisandro foi apontado como o melhor, Cissokho recebeu o título de revelação da época. "Creio que surpreendeu todo o Mundo, e não apenas a mim. Não imaginava a capacidade física que tem e a facilidade para travar os adversários. Foi uma grande contratação para o FC Porto, e é preciso felicitar quem o trouxe", sublinhou.



O FC Porto ganhou mais vezes e marcou mais golos fora de casa do que no Dragão. Consegue explicar a disparidade?



Nesse aspecto, este campeonato foi o contrário do anterior, em que apenas perdemos um jogo no Dragão, e na última jornada. Creio que há várias coisas que explicam isso. A pressão dos adeptos é normal. Quando a equipa joga bem, colocam pressão nos adversários e, quando as coisas não saem tão bem, somos nós que temos de levar com essa pressão. Creio que o facto de não marcarmos cedo, nos primeiros 15/20 minutos, condicionou muitos jogos, porque isso obrigaria os adversários a abrirem-se mais e a concederem espaços. Nas partidas fora de casa, isso aconteceu mais vezes. Marcámos mais cedo, e os rivais também atacaram um pouco mais. No Dragão, as equipas só querem fechar-se lá atrás, pensando que um pontito é suficiente.


Foi essa a diferença para o campeonato anterior, em que o FC Porto venceu com 20 pontos de vantagem?



Logicamente, sim. A dada altura da última época tivemos uma conversa com o presidente, que nos disse que, se ganhássemos todos os jogos em casa, seríamos campeões. E assim foi. Perdemos apenas com o Nacional e ganhámos com uma vantagem ampla. Esta época foi diferente, não tivemos essa eficácia em casa, mas conseguimos compensar com uma boa série fora de portas.


Pode dizer-se que este foi o ano dos argentinos no FC Porto?


De facto foi uma boa época para nós. Éramos muitos, e cada um contribuiu, em determinados momentos, com grandes coisas. Particularmente deixa-me muito contente que os meus compatriotas tenham sucesso. Creio que todos o mereceram, porque trabalharam bastante.


Foi um bom ano para Farías…


O Tecla já tinha demonstrado no ano passado que, com continuidade, é um goleador como já há poucos. Com uma ou duas oportunidades, seguramente faz um golo. Fiquei contente por ele, mas também com o Mariano, que fez uma grande temporada e ajudou muito o clube. Foi um jogador-chave.



Por falar em Mariano, foi um bom substituto do Lucho?


Obviamente, sim. O Mariano é um jogador de grande categoria, de selecção. Faltava-lhe a confiança de ter quatro ou cinco jogos seguidos a um bom nível. Este ano conseguiu isso, e fico satisfeito pelo facto de os adeptos terem reconhecido o esforço que ele fez. Demonstrou que é um jogador forte psicologicamente, porque, no início, a relação com os adeptos não era a melhor


Curiosamente, Bolatti também está a ser uma das figuras do campeonato argentino. Há alguma explicação para o facto de não se ter afirmado no FC Porto?


Sim, é verdade que está a ser crucial no Huracán. São estas curiosidades que o futebol tem. O Mario teve as suas oportunidades, embora não muitas, mas não conseguiu demonstrar o que está a fazer na Argentina. Passou-se o mesmo com o Lucas Mareque, que também mostrou um nível altíssimo quando regressou a casa. O problema é que ninguém pode garantir que o Mario volte e que jogue da mesma forma como está a fazer actualmente. O jogador tem de se sentir cómodo e estar bem em vários aspectos, não apenas no futebolístico, para render.


Se Lucho garantiu que vai continuar no FC Porto, há dois jogadores que podem ter feito o último jogo de azul e branco no Jamor. Lisandro e Bruno Alves não escondem o desejo de procurar novas experiências e, a confirmarem-se as respectivas saídas, vão deixar saudades a Lucho. Começando pelo compatriota. "Vou sentir a sua falta, já que é meu amigo. Mas toda a equipa sentirá falta dele, porque o Lisandro demonstrou ser um jogador fantástico, um avançado que não se limita a fazer golos, mas que também colabora muito com a equipa. E isso é importantíssimo no futebol actual. É evidente que vamos sentir a sua ausência", sublinhou, mantendo o discurso em relação ao central. "O Bruno é uma peça fundamental na defesa, demonstrou-o ao longo da temporada, fazendo todos os jogos", referiu. Em todo o caso, Lucho acredita que o FC Porto vai conseguir manter-se no trilho das vitórias. "Se eles forem vendidos, trataremos de encontrar as soluções mais adequadas, como fizemos quando saíram o Bosingwa, o Quaresma ou o Paulo Assunção. Compete-nos trabalhar para minimizar os efeitos. É claro que são jogadores importantes e sentiremos as suas ausências. Se realmente saírem, que seja para melhor, caso contrário que continuem connosco", acrescentou.


Incompreendido e criticado por apresentar um rendimento diferente do habitual, ainda assim Lucho concluiu a época com o sentimento do dever cumprido, porque, garantiu, limitou-se a fazer o que o técnico lhe pediu. "Alterei a minha forma de jogar em prol da equipa. Em determinados jogos, o técnico pediu-me outro funcionamento, que jogasse noutra posição, e acabei por ser criticado", recordou, desvalorizando o que foi dito e escrito sobre as suas actuações. "Não tenho de jogar para a crítica, mas para a equipa. Estava tranquilo, porque sabia o que o treinador me tinha pedido." Ainda assim, Lucho sabe que isso se reflectiu nas suas prestações.
"Tive muito menos contacto com a bola e às vezes fui pouco participativo. Não estava habituado, mas sabia que tinha de cumprir com o que me pediam", frisou. Por isso, o argentino compreendeu a insatisfação dos portistas que reclamavam um Lucho mais "visível" em campo. "Por vezes, os adeptos pensam mais com o coração do que com a cabeça, mas isso é perfeitamente normal. A equipa depois encontrou o sistema que o técnico queria e pude voltar a jogar onde mais gosto. Nessa altura, as coisas voltaram à normalidade", recordou. Mesmo com a nuance táctica, Lucho continua a ser considerado o patrão da equipa e agora já nem se importa que lhe chamem El Comandante. "É algo que já está marcado, porque, na rua, todos me tratam assim. Não sinto que seja assim, mas aceito. E os meus companheiros também me chamam isso na brincadeira."


Lucho entrou de férias mais cedo do que gostaria. Pode parecer estranho, mas é verdade. A lesão sofrida contra o Manchester United não só o afastou dos últimos jogos do FC Porto como da convocatória da Argentina, onde costuma ter lugar cativo. "É aborrecido estar de fora. Quando sofri a lesão, tive de me ir consciencializando de que ia ser difícil ajudar a selecção nesta fase. Quero estar sempre lá, mais ainda por faltar apenas um ano para o Mundial", desabafou. Em todo o caso, Lucho acredita que ainda vai a tempo. "Tenho de descansar, fazer uma boa pré-época e também fazer as coisas bem no FC Porto. Se assim for, posso voltar em breve à selecção", sublinhou. Na Argentina, Lucho é treinado pelo seu ídolo de juventude. Uma sensação que não consegue explicar muito bem. "Quando terminar a carreira, vou poder dizer que fui orientado pelo melhor de todos. Quando comecei a jogar, nunca imaginei que isto fosse possível", admitiu. Maradona, pelo menos, já sabe da tatuagem que Lucho fez em sua homenagem. "Ele já a viu, porque os meus companheiros encarregaram-se de a mostrar. Mas não sou o único a ter uma tatuagem dele, e isso deixa-me mais tranquilo", brincou.


Depois de conquistar a crítica nacional, Lucho acredita que Hulk tem condições para se tornar num fenómeno a nível mundial. "Ainda é jovem e tem um grande futuro pela frente. Oxalá possa ser bem aconselhado e faça as coisas bem para acabar a jogar nos grandes clubes da Europa", referiu. E a opinião do médio até pode ser considerada como insuspeita, apesar de serem companheiros de equipa. Isto por causa dos boatos que surgiram na primeira metade da época e que Lucho tratou de desmentir. "No início diziam-se muitas coisas, ao ponto de insinuarem que os argentinos estavam em guerra com ele e que ele não passava a bola aos companheiros. Não se passou nada", assegurou, justificando-se com as diferentes características de cada jogador. "Uma grande equipa não pode ser feita de jogadores idênticos. Sabemos que ele, com a bola nos pés, no um-para-um, é um jogador desequilibrador, mas deve saber o momento em que o deve fazer. Não era mais do que isso, e foi o que todos lhe disseram. Creio que aprendeu e foi uma das revelações da equipa", frisou.

Pode dizer-se que esta época foi perfeita?

Sim. Os objectivos a que nos propusemos no início da temporada foram alcançados. Festejamos a conquista do campeonato e da Taça e fizemos ainda uma campanha muito positiva na Liga dos Campeões.


Faltou alguma coisa?


Depois do encontro em Manchester, com um empate, sentimos que podíamos passar. Faltou-nos isso, mas não devemos lamentar nada, porque demos o máximo.


O jogo em Manchester foi o melhor do FC Porto?


Tivemos outros encontros que foram determinantes, como o de Alvalade, o de Kiev e o de Istambul. É lógico que, pela transcendência e mediatismo que teve, o jogo com o Manchester foi especial. Provámos que éramos uma equipa que sabia o que queria.
A nível individual, falhou alguns penaltis. Consegue explicar o que se passou?
Passam-se muitas coisas pela cabeça de um jogador no momento de partir para a bola, e não queria bater como habitualmente. Isso fez-me errar, mas o técnico continuou a acreditar em mim, o que me devolveu a confiança.

O clássico com o Benfica no Dragão marcou a época. Se fosse hoje, voltava a levantar-se naquele lance com o Reyes na área do Benfica?


Depois de ver que suspenderam o Lisandro por um penalti que o árbitro assinalou e que depois disseram que não foi, se fosse hoje deixava-me cair no relvado. É evidente que esse lance foi penalti, mas na altura não me deixei cair porque vi o Fucile a correr em boa posição e pensei que lhe podia passar a bola em condições de ele finalizar. Não o fiz por uma questão de fair play, foi uma reacção instintiva por ver o Fucile bem posicionado. No futuro pensarei duas vezes, sobretudo pelo que se passou com a suspensão ridícula do Lisandro.

Bem Vindos


Sejam bem-vindos ao blog sobre o quaresma o lucho e o meireles... aqui vao encontrar noticias sobre estes jogadores...


Espero que gostem



bjinhos



:D